E todos foram batizados na nuvem e no mar em Moisés;
Comentário de A. R. Fausset
E – “E assim” (Bengel).
batizados…em Moisés – o servo de Deus e representante do pacto da lei do Antigo Testamento: como Jesus, o Filho de Deus, é da aliança do Evangelho (Jo 1:17, Hebreus 3:5-6). As pessoas foram levadas a acreditar em Moisés como servo de Deus pelo milagre da nuvem que as protegia, e por serem conduzidas debaixo dela em segurança pelo Mar Vermelho; portanto, dizem que são “batizados” por ele (Êxodo 14:31). “Batizado” aqui é equivalente a “iniciado”: ele é usado em acomodação ao argumento de Paulo aos coríntios; eles, é verdade, foram “batizados”, mas virtualmente também foram os israelitas da antiguidade; se o batismo análogo deste último não servisse para salvá-los da condenação da cobiça, tampouco o verdadeiro batismo dos primeiros os salvaria. Há uma semelhança entre os símbolos também: pois a nuvem e o mar consistem em água, e quando estes tiraram os israelitas da vista, e então os restauraram para ver, assim a faz a água aos batizados (Bengel). Olshausen entende “a nuvem” e “o mar” como simbolizando o Espírito e a água, respectivamente (Jo 3:5; Atos 10:44-47). Cristo é a coluna de nuvem que nos protege do calor da ira de Deus. Cristo como “a luz do mundo” é a nossa “coluna de fogo” para nos guiar nas trevas do mundo. Assim como a rocha, quando ferida, jorrou as águas, assim também Cristo, tendo sido uma vez ferido, jorra as águas do Espírito. Como o maná moído alimentou Israel, assim Cristo, quando “aprouve ao Senhor feri-lo”, tornou-se nosso alimento espiritual. Uma forte prova da inspiração é dada neste fato, que as partes históricas da Escritura, sem a consciência até mesmo dos autores, são profecias encobertas do futuro. [Jamieson; Fausset; Brown]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.