Foste tu chamado sendo escravo? Não te preocupes com isto; mas se tu podes te tornares livre, aproveita.
Comentário de A. R. Fausset
Continue, sim, no teu estado como servo (1Coríntios 7:20; Gálatas 3:28; 1Tm 6:2). Este conselho (se esta tradução estiver correta) não é absoluto, pois o espírito do Evangelho é contra a escravidão. O que se aconselha aqui é contentamento sob a condição existente (1Coríntios 7:24), embora indesejável, já que em nossa união com Cristo todas as disparidades exteriores de condição são compensadas (1Coríntios 7:22). Não seja indevidamente impaciente para rejeitar sua condição de servo por meios ilegais (1Pedro 2:13-18); como, por exemplo, Onésimo fez fugindo (Filemom 1:10-18). O preceito (1Coríntios 7:23), “Não se tornem (para os gregos) os servos dos homens”, implica claramente que a escravidão é anormal (compare Levítico 25:42). Negociantes de escravos (“os que roubam a liberdade das pessoas”), são classificados em 1Timóteo 1:10, com “assassinos” e “os que juram falsamente”. Neandro, Grotius, etc., explicam: “Se chamado, sendo um escravo, ao cristianismo, esteja contente – mas, ainda assim, se tu também podes ser livre (como um bem adicional adicional, que se tu não podes alcançar, esteja satisfeito sem isto; mas o qual, se for oferecido a ti, não é para ser desprezado), faça uso da oportunidade de se tornar livre, ao invés de negligenciá-la para permanecer um escravo”. Eu prefiro este último ponto de vista, como mais de acordo com o teor do Evangelho, e plenamente justificado pelo grego. [Jamieson; Fausset; Brown]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.