Ele levou nossos pecados em seu próprio corpo sobre o madeiro; para que nós, estando mortos para os pecados, vivamos para a justiça. Pela ferida dele fostes sarados.
nossos pecados. Ao oferecer em sacrifício o Seu corpo, Cristo ofereceu nele a culpa de nossos pecados na cruz, como no altar de Deus, para que pudesse ser expiado nEle, e assim tirado de nós. Compare Isaías 53:10, “quando sua alma for posta como expiação do pecado”. Pedro quer dizer por levou o que o siríaco expressa com duas palavras: suportar e oferecer: (1) Ele levou sobre Si os nossos pecados (isto é, a sua culpa, maldição e castigo); (2) Ele os levou de tal maneira que os ofereceu juntamente consigo mesmo sobre o altar. Ele se refere aos animais sobre os quais os pecados foram primeiro colocados, e que depois eram oferecidos com essa carga (Vitringa). Pecado ou culpa entre as nações semitas é considerado como um fardo que pesadamente recai sobre o pecador (Genésio).
em seu próprio. Não havendo outro além de si mesmo que poderia ter feito isso. Seu compromisso voluntário na obra de redenção está implícito. O grego coloca em justaposição antitética, NOSSOS, e SEU PRÓPRIO, para marcar a ideia de Sua substituição por nós. Seu “fazer o bem”em Seus sofrimentos é apresentado aqui como um exemplo para os servos e para todos nós (1Pedro 2:20).
corpo. Para sacrifício: levado e oferecido: um termo sacrificial. Isaías 53:11-12, “Ele levou o pecado de muitos”: onde a ideia de carregar sobre Si mesmo é a mais proeminente; aqui a oferta em sacrifício é combinada com essa ideia. Assim o mesmo grego significa em 1Pedro 2:5.
o madeiro. A cruz, o lugar apropriado para Aquele sobre quem a maldição foi colocada: esta maldição ficou presa a Ele até ser legalmente (através da Sua morte como o portador da culpa) destruída no Seu corpo: assim a “escrita da dívida” contra nós é cancelada pela Sua morte.
estando mortos para os pecados. O efeito de Sua morte para o “pecado” no conjunto, e para todos os “pecados” particulares, ou seja, que nós devemos ser tão completamente libertos deles, como um escravo que está morto é liberto do serviço ao seu senhor. Esta é a nossa posição espiritual através da fé em virtude da morte de Cristo: a nossa mortificação real de pecados particulares é proporcional ao grau em que somos efetivamente conformados com a Sua morte. “Que morramos para os pecados cuja culpa Cristo levou em Sua morte, e assim VIVAMOS PARA A JUSTIÇA (compare Isaías 53:11. “Meu servo justo justificará muitos”), a relação graciosa com Deus que Ele trouxe (Steiger).
fostes sarados. Paradoxal, mas verdadeiro. “Vós, servos, muitas vezes sofreis contendas; mas não é mais do que o próprio Senhor levou; aprendei dele a paciência em sofrimentos injustos”. [JFU, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.