Então se estremeceram, e levantaram-se todos os convidados que estavam com Adonias, e foi-se cada um por seu caminho.
Comentário de Keil e Delitzsch
(49-50) A notícia espalhou terror. Todos os convidados de Adonias fugiram, cada um para o seu lado. O próprio Adonias buscou refúgio de Salomão nos chifres do altar. O altar era considerado desde tempos imemoriais e entre todas as nações como um lugar de refúgio para criminosos merecedores de morte; mas, de acordo com Êxodo 21:14, em Israel, somente era permitido oferecer proteção em casos de homicídio não intencional, e para estes foram posteriormente providas cidades de refúgio especiais (Números 35). Nos chifres do altar, como símbolos de poder e força, estava concentrado o verdadeiro significado do altar como um lugar divino, do qual emanava tanto a vida quanto a saúde (veja em Êxodo 27:19). Ao agarrar-se aos chifres do altar, o culpado colocava-se sob a proteção da graça salvadora e auxiliadora de Deus, que apaga o pecado e, assim, abole o castigo (veja Bähr, Symbolik des Mos. Cult. i. p. 474). A questão de qual altar Adonias fugiu, se para o altar da arca da aliança em Sião, ou para o altar no tabernáculo em Gibeão, ou para o construído por Davi na eira de Araúna, não pode ser determinada com certeza. Provavelmente foi para o primeiro destes, no entanto, pois nada é dito sobre uma fuga para Gibeão, e com relação ao altar de Araúna, não é certo que estivesse provido de chifres como os altares dos dois santuários. [Keil e Delitzsch]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.