E Saul enviou a dizer a Jessé: Eu te rogo que esteja Davi comigo; porque achou graça em meus olhos.
Comentário de Keil e Delitzsch
(21-23) Quando Davi veio a Saul e ficou diante dele, ou seja, serviu-o tocando sua harpa, Saul gostou muito dele e o nomeou seu escudeiro, ou seja, seu ajudante, como prova de sua satisfação com ele, e enviou a Jessé para dizer: “Deixe Davi estar diante de mim”, ou seja, permaneça em meu serviço, “porque ele achou graça aos meus olhos”. O historiador então acrescenta (1Samuel 16:23): “Quando o (mal) espírito de Deus veio a Saul (אל, como em 1Samuel 19:9, é realmente equivalente a על), e Davi pegou a harpa e tocou, lá veio refrigério para Saul, e ele ficou bom, e o espírito maligno se afastou dele”. Assim, Davi veio à corte de Saul, e isso como seu benfeitor, sem que Saul tivesse qualquer suspeita da eleição divina de Davi para ser rei de Israel. Essa orientação da parte de Deus foi uma escola de preparação para Davi para seu futuro chamado. Em primeiro lugar, ele foi assim elevado de sua vocação tranquila e caseira no campo para a esfera mais elevada da vida da corte; e, assim, uma oportunidade lhe foi concedida não apenas para relações com homens de alta posição e para se familiarizar com os assuntos do reino, mas também para exibir aqueles dons superiores de seu intelecto e coração com os quais Deus o dotou e, assim, para ganhar o amor e a confiança das pessoas. Mas, ao mesmo tempo, ele também foi levado a uma severa escola de aflição, na qual seu homem interior deveria ser treinado por conflitos de fora e de dentro, para que ele se tornasse um homem segundo o coração de Deus, que deveria estar bem preparado para fundar a verdadeira monarquia em Israel. [Keil e Delitzsch, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.