Prova-me, SENHOR, e testa-me; examina meus sentimentos e meu coração.
Comentário Barnes
Prova-me, SENHOR – O significado deste versículo é que ele pediu a Deus um exame estrito e rígido de seu caso. Para expressar isso, o salmista usa três palavras – “examine; prove; experimente”. Essas palavras têm o objetivo de incluir os modos pelos quais a realidade de qualquer coisa é testada e, juntas, implicam que ele desejava que fosse feita a investigação mais “completa”; ele não se esquivou de nenhum teste. Ele evidentemente sentiu que era essencial para seu bem-estar que o exame mais rígido fosse feito; que a verdade exata deve ser conhecida; que, se ele foi enganado, era melhor para si mesmo que não fosse deixado sob a ilusão, mas que, entendendo seu próprio caso, pudesse ser levado a assegurar sua salvação. A palavra traduzida por “examinar” significa “tentar, provar” e é aplicável especialmente a metais:Zacarias 13:9 . Significa aqui:”Aplique-me os testes aplicados aos metais para determinar sua autenticidade e seu valor.”
e testa-me – uma palavra de importância semelhante. No significado original da palavra, há uma referência a “cheirar”; tentar pelo cheiro; para verificar as qualidades de um objeto pelo cheiro. Consequentemente, ele passa a ser usado em um sentido mais geral para denotar qualquer maneira de verificar a qualidade de um objeto.
examina meus sentimentos e meu coração – A palavra aqui traduzida como “tentar” (teste) é a mais comumente aplicada a metais; e as três palavras juntas expressam o desejo sincero do salmista de que Deus examinasse as evidências de sua piedade – aquelas evidências às quais ele imediatamente se refere – e aplicasse o tipo apropriado de testes para determinar se aquela piedade era genuína. A palavra traduzida por “rédeas” significa propriamente “rins” e, portanto, é usada para denotar a parte interna, a mente, a alma – a sede dos desejos e das afeições. Veja Salmo 7:9 , nota; Salmo 16:7, Nota. Falamos agora do “coração” como sede das afeições ou do amor. Os hebreus mais comumente falavam do coração como a sede da inteligência ou do conhecimento, e as rédeas ou “entranhas” como a sede das afeições. Em si, não havia mais impropriedade em eles falarem das rédeas ou dos rins como a sede das afeições do que em falarmos do coração dessa maneira. Nenhum deles é estritamente correto; e ambos os modos de discurso são baseados no uso popular. [Barnes, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.