Um abismo chama outro abismo, ao ruído de suas cascatas; todos as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.
Comentário de A. F. Kirkpatrick
ao ruído de suas cascatas. Deus está enviando sobre ele uma aflição após outra. Ele está sobrecarregado com uma inundação de infortúnios. A linguagem metafórica é derivada da paisagem ao redor. O rugido das cataratas chamando umas às outras de lados opostos do vale é como a voz de um abismo de águas (nota em Salmo 33:7), convocando outra para irromper e se unir para submergi-lo. As torrentes e redemoinhos do Jordão sugerem as rebentações e ondas de calamidade que passaram por cima de sua cabeça. Tristram, ao descrever Banias, fala do “rio impetuoso que esculpiu seu canal no basalto negro”, e da “mistura selvagem de cascatas e torrentes impetuosas” por toda parte (Terra de Israel, p. 573). Segundo Robinson (Pesquisas, iii. 405), “na estação das chuvas e no derretimento da neve no Hermom, um volume imenso de água deve precipitar-se pelo abismo” abaixo da crista onde o castelo fica. Poderia-se supor que a figura de rebentações e ondas fosse sugerida pelo mar, mas ninguém que tenha visto riachos de montanha em cheia duvidará que as palavras possam referir-se ao Jordão em enchente. As chuvas de inverno na Palestina são enormes. Ver Tristram’s Nat. Hist. of the Bible, p. 31.
Salmo 42:7b é emprestado na oração de Jonas (Jonas 2:3). [Kirkpatrick, 1906]
Comentário Barnes 🔒
Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.