Que o justo me faça o favor de me espancar e me repreender; isto me será azeite sobre a cabeça; minha cabeça não rejeitará, porque ainda orarei contra as maldades deles.
Comentário Cambridge
Da oração do Salmo 141:4 fica claro que o Salmista sentiu a sedução do luxo mundano e, aparentemente (cp. Salmo 141:9), os ímpios estavam se esforçando para induzi-lo a lançar sua sorte com eles. Por outro lado, parece que ele foi tentado a se ressentir da correção e reprovação dos piedosos, possivelmente nem sempre oferecidas da maneira mais conciliatória. Ele, portanto, ora para que possa receber a correção como bondade, e a repreensão como o “ungüento e perfume” que “alegra o coração” (Provérbios 27:9), aludindo sem dúvida ao óleo com que sua cabeça teria sido ungida nos banquetes dos ímpios (Amo 6:6). Smite é, obviamente, uma metáfora para correção severa. Cp. Provérbios 27:6, “Fiéis são as feridas de um amigo”. O livro de Provérbios insiste constantemente no valor da reprovação, que o homem sábio acolhe e o tolo se ressente (Provérbios 3:11 f .; Provérbios 13:18; Provérbios 15:5; Provérbios 15:31-32; Provérbios 28:23), e o dever de repreensão do próximo é prescrito na Lei (Levítico 19:17). Cp. Eclesiastes 7:5.
A última linha é obscura, e o texto possivelmente está corrompido, mas o sentido geral pode ser, ‘Não me deixe ressentir da reprovação e me associar com os ímpios, mas deixe-me continuar a orar contra (ou, em meio a) sua maldade ações. ”Negligenciando o Heb. acentos podemos dar, Não deixe minha cabeça recusar, mas de novo! (isto é, que ele repita suas reprovações) e que minha oração seja contra suas más ações. [Cambridge, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.