O sol nasce, e o sol se põe; e se apressa ao seu lugar onde nasceu.
Comentário Hengstenberg
O sol aqui só pode ser empregado como uma imagem da existência humana que está estritamente confinada dentro dos limites da vaidade. O evento natural não pode, considerado em si mesmo, ser tratado como um objeto de queixa, mas apenas como uma maravilha alegre e de admiração, como é claro no Salmo 19. O mero nascer e pôr do sol natural não constituiria um passo adequado no desenvolvimento do pensamento, “vaidade das vaidades”, que é o tema dos comentários do escritor ao 11º verso, e que consequentemente deve fornecer o teste da exatidão de nossa explicação de tudo o que ocorre até aquele ponto. O sol que corre avidamente por um longo caminho, para finalmente retornar ao objetivo a partir do qual começou é uma verdadeira imagem da vida humana fechada dentro do círculo mágico intransponível da vaidade. A raça humana parece incapaz de dar um passo. Uma nova geração começa sempre onde a antiga terminou. Apesar de todo o nosso muito alardeado progresso, continuamos principalmente como se fôssemos de antigamente, “sobrecarregados com uma herança de pecado, com fraqueza, com carência e morte”. “Que há movimento, não pode ser negado: mas é movimento em círculo, e consequentemente não leva a nenhum resultado”, (Hitzig). [Hengstenberg]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.