O Pregador procurou achar palavras agradáveis, e escreveu coisas corretas, palavras de verdade.
Comentário de E. H. Plumptre
O Pregador procurou achar palavras agradáveis. Literalmente, palavras de deleite, ou prazer, como nos caps. Eclesiastes 5: 4 , Eclesiastes 12: 1 . A frase nos lembra das “palavras de graça” (Lucas 4:22) que saíram dos lábios daquele que, como a Sabedoria Encarnada de Deus, era, de fato, maior do que Salomão. O fato é afirmado como uma apologia do caráter do livro. O objetivo do professor era atrair os homens encontrando, ou parecendo atender, suas inclinações, aceitando os resultados de sua própria experiência. Recordamos até agora as palavras de Lucrécio:
“Como os que curam o corpo, quando procuram
Para dar às crianças o suco nauseante de absinto,
Primeiro unte a borda da taça com doce mel dourado,
A idade impensada dessa criança pode ser enganada
Apenas para a borda da margem, e assim pode beber
O gole amargo do absinto, enganado, não enganado,
Mas sim ganhar com isso em força e saúde.” (De Rer. Nat. iv. 11-17).
e escreveu coisas corretas. O itálico mostra que a frase é um tanto elíptica, e é melhor tomar os dois conjuntos de frases em justaposição com as “palavras aceitáveis” que as precedem, mesmo uma escrita de retidão (ou seja, de sinceridade subjetiva), palavras de verdade (em seu sentido objetivo). As palavras são, assim entendidas, um testemunho cabal do caráter do livro assim encomendado à atenção do leitor. [Plumptre, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.