Ele: Já cheguei ao meu jardim, minha irmã, minha esposa; colhi minha mirra com minha especiaria; comi meu favo de mel, bebi meu vinho com meu leite. Autor do poema (ou os amigos dos noivos): Comei, amigos; bebei, ó amados, e embebedai-vos.
Comentário de Anthony S. Aglen
Já cheguei ao meu jardim. Isso continua a mesma metáfora e descreve mais uma vez a união completa do casal casado. A única dificuldade está no convite: “Comam, amigos; bebam, sim, bebam abundantemente, amados” (ou então, e embriaguem-se de amores). Alguns supõem um convite para uma festa de casamento real; e se cantado como um epitalâmio, a canção poderia ter essa dupla intenção. Mas a margem, “embriaguem-se de amores”, sugere a interpretação correta. Como já foi dito (Cânticos 2:7), o poeta gosta de invocar a simpatia dos outros com suas alegrias, e as seguintes linhas de Shelley reproduzem exatamente o sentimento deste trecho. Aqui, como em todo o poema, é o “novo e forte vinho do amor”, e não o fruto da videira, que é desejado e bebido.
“Tu és o vinho, cuja embriaguez é tudo
Podemos desejar, Ó Amor! e almas felizes,
Antes que as folhas de outono caiam de tua vinha,
Te capturam e se alimentam de tuas taças transbordantes,
Milhares que têm sede do teu orvalho ambrosial.“— Príncipe Atanásio. [Ellicott, 1884]
Comentário de A. R. Fausset 🔒
Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.