E enquanto eu estava vendo os animais, eis que uma roda estava na terra junto aos animais, junto a seus quatro rostos.
Comentário de A. R. Fausset
eis que uma roda. A “altura terrível” da roda (Ezequiel 1:18) indica a energia gigantesca e terrível das complicadas revoluções da providência de Deus, que cumprem Seus propósitos com certeza infalível. Uma roda aparecia transversalmente dentro de outra, de modo que o movimento podia ocorrer sem virar, onde quer que os seres vivos avançassem (Ezequiel 1:17). Assim, cada roda era composta por dois círculos, que se cruzavam em ângulos retos, e apenas um dos círculos parecia tocar o chão (“sobre a terra”), conforme a direção que os querubins desejavam se mover.
junto a seus quatro rostos – ou melhor, ‘de acordo com suas quatro faces’ ou lados; assim como havia um lado ou direção para cada uma das quatro criaturas, havia uma roda para cada lado (Fairbairn). Os quatro lados ou semicirculos de cada roda composta apontavam, assim como as quatro faces de cada um dos seres vivos, para os quatro quadrantes do céu. Havernick refere “seus” às quatro faces das rodas. Os querubins, suas asas e rodas contrastavam com as figuras simbólicas, um tanto semelhantes, existentes na Caldeia, e encontradas nos restos da Assíria. Estas últimas, embora derivadas da revelação original por tradição, foram corrompidas para simbolizar o zodíaco astronômico, ou o sol e a esfera celestial, por um círculo com asas ou irradiações. Mas os querubins de Ezequiel elevam-se acima dos objetos naturais, dos deuses pagãos, para representar o único e verdadeiro Deus, que os criou e os sustenta continuamente. [Fausset, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.