Ezequiel 16:60

Contudo eu me lembrarei do meu pacto contigo nos dias de tua juventude, e estabelecerei contigo um pacto eterno.

Comentário de A. R. Fausset

A promessa aqui surge inesperadamente como o sol das nuvens escuras. Com todo o esquecimento de Deus, Deus ainda se lembra dela; mostrando que sua redenção é totalmente de graça. Contraste “Eu me lembrarei”, com “não te lembras” (Ezequiel 16:22,43); também “Meu pacto”, com “Tua aliança” (Ezequiel 16:61; Salmo 106:45); então o efeito produzido sobre ela é (Ezequiel 16:63) “para que você se lembre”. A promessa de Deus era de promessa e de graça. A lei, em sua carta, era a aliança de Israel, e nessa visão restrita foi muito posterior (Gálatas 3:17). Israel interpretou isso como um pacto de obras, que ela enquanto vangloriando, não conseguiu cumprir, e assim caiu sob a sua condenação (2Coríntios 3:3,6). A lei, em seu espírito, contém o germe do Evangelho; o Novo Testamento é o pleno desenvolvimento do Velho, a casca da forma exterior sendo colocada de lado quando o espírito interior foi cumprido no Messias. O pacto de Deus com Israel, na pessoa de Abraão, foi a razão pela qual, apesar de toda a sua culpa, a misericórdia estava e está reservada para ela. Portanto, as nações pagãs ou gentias devem vir a ela em busca de bênçãos, não ela a elas.

pacto eterno – (Ezequiel 37:26; 2Samuel 23:5; Isaías 55:3). As formas temporárias da lei deveriam ser deixadas de lado, de modo que em seu espírito permanente e “eterno” pudesse ser estabelecido (Jeremias 31:31-37; 32:40; 50:4-5; Hebreus 8:8-13). [Fausset, aguardando revisão]

< Ezequiel 16:59 Ezequiel 16:61 >

Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.