Daniel 10:4

E aos vinte e quatro dias do primeiro mês, estava eu na margem do grande rio Tigre;

Comentário de A. R. Fausset

E aos vinte e quatro dias do primeiro mês – Nisã, o mês mais apropriado para considerar a calamidade de Israel, sendo aquele em que a festa dos pães sem fermento os lembrava da escravidão no Egito. Daniel lamentou não apenas pelos sete dias designados (Êxodo 12:18), do entardecer do dia 14 ao dia 21 de Nisã, mas por três vezes sete dias, “três semanas completas” (Daniel 10:2), para marcar uma tristeza extraordinária. Seu luto terminou no dia 21, o dia de encerramento da festa da Páscoa; mas a visão não ocorre até o dia 24, por causa da oposição do “príncipe da Pérsia” (Daniel 10:13).

estava eu na margem do grande rio Tigre – desperto, não em um transe (Daniel 10:7): quando mais jovem, ele via o futuro em imagens, mas agora, quando velho, ele recebe revelações de anjos em linguagem comum – ou seja, no modo apocalíptico. No período patriarcal, Deus frequentemente aparecia visivelmente – ou seja, por teofania. Nos profetas, que vêm a seguir na sucessão, o caráter interior da revelação é proeminente. A consumação ocorre quando o vidente olha da terra para o mundo invisível e tem o futuro mostrado a ele por anjos – ou seja, apocalipse. Assim, no Novo Testamento, há uma progressão paralela: Deus na carne, a atividade espiritual dos apóstolos, e o apocalipse (Auberlen). [Fausset, 1866]

< Daniel 10:3 Daniel 10:5 >

Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.