Amós 7:1

Assim o Senhor DEUS me fez ver: eis que ele formava gafanhotos, no começo do crescimento da plantação tardia; e eis que era a plantação tardia, depois da colheita do rei.

Comentário de A. R. Fausset

Assim o Senhor DEUS me fez ver: eis que… – essa fórmula introduz as três visões deste capítulo, bem como a quarta, em Amós 7:1.

ele formava gafanhotos – mais precisamente, gafanhotos no estado de larva [gobay, de uma raiz hebraica, gaabaah]; no outono, os ovos são depositados na terra; na primavera, as larvas surgem dos ovos, incubados pelo calor (Maurer).

no começo do crescimento da plantação tardia – ou seja, da relva que brota após a primeira ceifa. No Oriente, eles não cortam a relva para fazer feno, mas a cortam à medida que precisam.

eis que era a plantação tardia, depois da colheita do rei – os primeiros frutos da relva cortada eram exigidos pelo rei de forma tirânica do povo. A colheita do feno acontecia algum tempo antes da colheita dos grãos, e a “plantação tardia”, ou o novo crescimento da relva, começava a brotar na época das últimas chuvas. Foi nesse momento crítico que Amós viu os gafanhotos consumindo a relva da terra – ou seja, as ervas verdes que sustentam tanto o homem quanto os animais. Esses gafanhotos literais, assim como em Joel, provavelmente simbolizam inimigos humanos; assim, o crescimento da relva após a colheita do rei pode representar o renascimento político de Israel sob Jeroboão II (2Reis 14:25), após ter sido devastado, por assim dizer, por Hazael e Ben-Hadade da Síria (2Reis 13:322) (Grotius). [Fausset, 1866]

< Amós 6:14 Amós 7:2 >

Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.