Mas elas não sabem os pensamentos do SENHOR, nem entendem seu conselho; de que ele as ajuntou como a feixes para a eira.
Comentário de A. R. Fausset
Mas elas não sabem os pensamentos do SENHOR. A sabedoria insondável e o amor inesgotável de Deus, que transformam aparentes desastres em bem final para o Seu povo, é a base sobre a qual se fundamenta a futura restauração de Israel (da qual a restauração da Babilônia é um tipo) em Isaías 55:8 (cf. com Miqueias 4:3, 12-13, que provam que Israel — e não apenas a Igreja Cristã — é o tema final da profecia; também em Romanos 11:33, onde Paulo fala da salvação vindoura de “todo Israel” e acrescenta que nela são exibidos os juízos insondáveis de Deus — “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!”). O desígnio de Deus é disciplinar Seu povo por um tempo, usando o inimigo como um açoite; e depois destruir o inimigo pelas mãos de Seu povo.
ele as ajuntou como a feixes para a eira — aqueles que “se juntaram” para a destruição de Sião (Miqueias 4:11), o Senhor “ajuntará” para serem destruídos por Sião (Miqueias 4:13: “Levanta-te e debulha, ó filha de Sião”), como feixes ajuntados para serem debulhados (cf. Isaías 21:10: “Ó minha debulha e o trigo da minha eira”; Jeremias 51:33). O hebraico está no singular, “feixe”. Por mais numerosos que sejam os inimigos, eles não são mais do que um único feixe pronto para ser debulhado (Calvino). A debulha era feita pisando-se com os pés: daí a adequação da imagem para representar pisar e despedaçar o inimigo. [Fausset, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.