Os escudos de seus guerreiros são vermelhos, os homens valentes andam vestidos de escarlate; as carruagens brilham no dia em que são preparadas, as lanças se sacodem.
Comentário de A. R. Fausset
Os escudos de seus guerreiros — os homens valentes do general Medo-Babilônico, atacando Nínive.
são vermelhos — os antigos tingiam seus escudos de couro de touro de vermelho, em parte para aterrorizar o inimigo, principalmente para que o sangue dos ferimentos que eles pudessem receber não fosse percebido e desse confiança ao inimigo (Calvino). G. V. Smith conjectura que a referência é ao reflexo vermelho dos raios do sol nos escudos de bronze ou cobre, como os que são encontrados entre os restos assírios.
os homens valentes andam vestidos de escarlate — ou túnicas militares carmesins (cf. Mateus 27:28, “E, despindo-o, vestiram-no com um manto escarlate”). Xenofonte menciona que os medos eram aficionados por essa cor. Os lídios e tírios extraíam o corante de um verme específico.
as carruagens brilham no dia em que são preparadas — ou seja, os carros serão como tochas flamejantes, suas rodas, com uma rapidez relâmpago, lançando luz e soltando faíscas das pedras sobre as quais passam (cf. Isaías 5:28). Foices de ferro eram fixadas em ângulo reto com os eixos, voltadas para baixo, ou paralelas a eles, inseridas no aro da roda. Os medos, talvez, tivessem tais carros, embora não haja vestígios deles nos restos assírios. Por conta desse fato, pode ser melhor traduzir, “as carruagens (virão) com o brilho de armas de aço” (Maurer e G.V. Smith).
no dia em que são preparadas — ou da preparação de Yahweh (Isaías 13:3, “No dia em que o Senhor te der (a Jacó e Israel) descanso da tua tristeza, e do teu temor, e da dura servidão em que foste feito para servir”). Ou, “o dia de preparação do comandante Medo-Babilônico para o ataque.”
as lanças — suas lanças de madeira de pinheiro.
se sacodem — brandidas, de modo a causar terror. Ou, “tremularão ao serem brandidas” (Maurer). [Fausset, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.