e perguntaram: ‘Onde está o recém-nascido Rei dos Judeus? Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo.’
Comentário Whedon
Rei dos Judeus. Caso esses magos fossem de fato gentios, eles estavam totalmente instruídos no entendimento de que o futuro Salvador seria um Judeu e um Rei dos Judeus. Eles vieram em busca de um Messias judeu.
Vimos a sua estrela no oriente. Um olhar atento às palavras irá, talvez, dispersar algumas conclusões sem fundamento:1. A estrela não estava sobre Jerusalém. Caso contrário, teria sido tão visível para os judeus quanto para eles; e eles não teriam dito: “Vimos a sua estrela no oriente”; isto é, nós no oriente vimos sua estrela; mas eles teriam dito: “A sua estrela está lá no céu”. A estrela, obviamente, não era visível naquele momento para os magos, e por essa razão perguntavam onde ele estava. 2. Não há prova de que a estrela os guiou em seu caminho de seu próprio país para Jerusalém. Em Jerusalém, eles apenas afirmam que viram sua estrela quando estavam no oriente, antes de partirem; não que foram guiados por ela no caminho, ou que a viam agora. 3. É evidente que esta estrela não é um membro comum do firmamento. É “a sua estrela”, e não uma estrela que tenha existido independentemente dele.
Quanto a como eles descobriram que a estrela era dele, não somos informados. Pode ser que alguma revelação divina tenha sido dada com a estrela, assim como os anjos que apareceram aos pastores, ou então eles tiveram algum impulso profético.
Agora, o que era a estrela? A isso alguns responderam que era uma conjunção de planetas, que a astronomia mostra ter ocorrido naquela época; e que, aos olhos, pareceria uma estrela muito luminosa. Os magos viram isso e, influenciados pela expectativa derivada da profecia, então amplamente existente no Oriente, de que o Messias logo nasceria, partiram para Jerusalém para fazer uma investigação. Nenhum comentarista afirma essa teoria de forma mais plausível do que Alford. Mas ela não corresponde com a narrativa. Como poderia uma estrela assim reaparecer (Mateus 2:9-10) no caminho deles em direção a Belém, ir à frente e indicar a própria “casa” (Mateus 2:11) onde a criança estava?
Nos resta então apenas uma visão que explique esta estrela. Ela uma esfera luminosa, divina e especialmente dada, e divinamente explicada, como um sinal do nascimento do Salvador. É chamada de estrela por causa da sua forma visível. Assim como os anjos são diversas vezes chamados de homens na Escritura, porque eram homens pela forma embora não pela natureza, também esta esfera é chamada de uma estrela, porque embora não o fosse por natureza, era pela forma.
A submissão dos judeus a Jesus foi tipificada pelos pastores; a submissão dos gentios pelos magos. Os primeiros foram informados por anjos; o último por uma estrela.
Talvez esta foi a estrela vista em visão profética pelo gentio Balaão, como estando muito distante de si mesmo no tempo: “Eu o vejo, mas não agora; eu o avisto, mas não de perto. Uma estrela surgirá de Jacó; um cetro se levantará de Israel.” (Números 24:17). E pela vinda dos magos foi cumprida em tipo a profecia que, “as nações virão à sua luz e os reis ao fulgor do sua alvorecer” (Isaías 60:3). Esses magos foram com embaixadores das nações gentias. Para o adorarem — como rei e Salvador. [Whedon, 1874]
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Comentário de David Brown 🔒
Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.