E Jesus o repreendeu. Então o demônio saiu dele, e o menino sarou desde aquela hora.
Comentário Ellicott
o menino sarou. Marcos 9:21 implica, como de fato o grego faz aqui, que o sofredor ultrapassou a idade da infância. Marcos dá as palavras da repreensão:”Tu, espírito mudo e surdo, eu te ordeno, sai dele e não entre mais nele.” Isso foi seguido por um grande grito e outra convulsão; então ele caiu, “por assim dizer, morto”, e muitos gritaram:“Ele está morto”. Então Jesus o tomou pela mão, e o levantou, e a obra de cura foi realizada. Calma, paz e autodomínio eram vistos em vez da agonia convulsiva. O poder espiritual do Curador venceu a força, seja mórbida ou demoníaca, que era a causa de seus sofrimentos. As palavras de nosso Senhor, dificilmente precisa ser dito, assumem que foi o último; e aqueles que negam a realidade da possessão devem, por sua vez, presumir que Ele compartilhava a crença do povo, ou a aceitava porque não foram capazes de receber qualquer outra explicação dos misteriosos sofrimentos que testemunharam. Cada hipótese apresenta suas próprias dificuldades, e podemos muito bem nos contentar em confessar nossa incapacidade de resolvê-las. (Ver nota sobre Mat. 8:28.) Falando de maneira geral, a linguagem do Novo Testamento parece reconhecer, se não em todas as doenças, pelo menos em tudo que perturba o equilíbrio moral da natureza do homem, uma infração da ordem divina e, portanto, vê com razão neles a obra, direta ou indiretamente, do grande antagonista dessa ordem. Todas as obras de misericórdia de nosso Senhor são resumidas por Pedro nas palavras que “Ele andou fazendo o bem e curando todos os oprimidos do diabo” (Atos 10:38), e nesta suposição os fenômenos particulares de cada caso foi logicamente atribuído a forças demoníacas. [Ellicott, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.