Mateus 18:23

Por isso o Reino dos céus é comparável a um certo rei, que quis fazer acerto de contas com os seus servos.

Comentário de J. A. Broadus

Por isso. Como o Messias exige que seus seguidores perdoem, independentemente da frequência (Mateus 18:21 e seguintes), o reinado messiânico é semelhante à história que será contada; sob esse reinado, os homens serão tratados severamente se recusarem a perdoar (Mateus 18:35).

o Reino dos céus, veja em Mateus 3:2.

a um certo rei, literalmente, “a um homem, um rei”. A ação do Rei Divino é ilustrada pela de um rei humano.

servos, literalmente escravos (doulos), veja em Mateus 8:6. Sempre foi comum no Oriente chamar os oficiais da corte de “escravos do rei”. Eles dependem da vontade arbitrária do rei, assim como um escravo depende de seu senhor, e com a servilismo que o despotismo gera, muitas vezes até parecem gostar de se chamar assim. Esta palavra doulos é usada de forma semelhante em Mateus 23:2 e seguintes, e em 1 Reis 1:47. Em um sentido espiritual semelhante, mas não degradante, Paulo gosta de se chamar doulos de Jesus Cristo, assim como Tiago, Pedro e Judas. Na parábola, portanto, os “servos” do rei são os grandes oficiais do governo, que recebiam suas receitas e cuidavam de seus pagamentos. Era bem possível, em um dos grandes despotismos orientais, que um tesoureiro ou sátrapa de uma província desviasse uma quantia muito grande de dinheiro. Nosso Senhor propositalmente supõe um caso muito extremo para ilustrar melhor a enorme disparidade entre o que Deus nos perdoa e o que somos chamados a perdoar aos outros. [Broadus, 1886]

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Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.