Ele foi orar pela segunda vez, dizendo: Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
Comentário de J. A. Broadus
(42-44) Ele se retira pela segunda e terceira vez.
Ele foi orar pela segunda vez. Quando alguém está em profunda tristeza e, depois de passar um tempo sozinho, retorna aos amigos, é natural que, especialmente se esses amigos não demonstram muita empatia, uma nova onda de dor inunde sua alma, fazendo com que essa pessoa precise novamente enfrentar o sofrimento sozinha.
se este cálice não pode passar. O texto correto omite a palavra “cálice.” As palavras, como apresentadas por Mateus, são substancialmente as mesmas da primeira vez, mas podemos notar certo progresso. Jesus não começa pedindo que o cálice passe, como fez antes, para então alcançar a resignação; agora ele parte do pressuposto de que não há outra opção (o que a expressão grega implica) e imediatamente expressa sua resignação. Na terceira vez, Mateus também diz: “dizendo as mesmas palavras.” Isso é muito diferente das “vãs repetições” condenadas em Mateus 6:7. O sentimento intenso às vezes torna a repetição natural.
faça-se a tua vontade – a mesma frase da oração-modelo em Mateus 6:10. [Broadus, 1886]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.