E tinham então um preso bem conhecido, chamado Barrabás.
Comentário de J. A. Broadus
E tinham, ou seja, o governador e aqueles associados a ele em tais assuntos.
Barrabás. A insurreição contra os romanos, quando um procurador foi nomeado pela primeira vez, deixou alguns ladrões populares, que eram vistos como patriotas (comparar com Mateus 22:17). Não é improvável que Barrabás fosse um desses. Ele não era apenas “um ladrão” (João 18:40), mas havia incitado uma insurreição na cidade, durante a qual ele e seus seguidores cometeram assassinatos (Marcos 15:7; Lucas 23:19). Esses fatos explicam por que Mateus o chamou de “um preso conhecido” ou “um prisioneiro de destaque”. Também é provável que os dois ladrões crucificados com Jesus fossem seguidores de Barrabás, de modo que o Salvador literalmente tomou o lugar dele. Jesus foi falsamente acusado de sedição, enquanto um homem realmente culpado de sedição foi libertado.
O nome Barrabás aparece com frequência no Talmude e significa “filho de Abba” ou “filho de um professor”, sendo comum chamar um rabino de “pai” (Mateus 23:9). Compare com Barjonas (Mateus 16:17) e Bartolomeu (Mateus 10:2). O nome poderia simplesmente significar “filho de seu pai”, embora isso seja menos provável. Alguns documentos apresentam, em Mateus 26:16 e Mateus 26:17, ou apenas em Mateus 26:17, o nome “Jesus Barrabás”. Todos acham essa leitura interessante, mas as evidências são muito frágeis para justificá-la, como aceitam Fritzsche, Meyer, Farrar e outros. Tregelles mostrou como esse erro poderia ter surgido durante a cópia; veja também Tischendorf e Westcott-Hort, Apêndice. [Broadus, 1886]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.