Então soltou-lhes Barrabás, enquanto que mandou açoitar Jesus, e o entregou para ser crucificado.
Comentário de J. A. Broadus
açoitar. O terrível açoitamento romana trouxe consigo para as províncias a palavra latina, que aqui é incorporada ao grego de Mateus e Marcos, e assim ao siríaco (Peshitta) e copta (Memphítico). Jerônimo comenta que, segundo as leis romanas, quem seria crucificado deveria primeiro ser açoitado. Wetstein cita escritores gregos, romanos e judeus, mostrando que era comum açoitar antes de crucificar; compare com Josefo mencionado anteriormente. A vítima era despida e amarrada a uma coluna ou poste, inclinando-se para a frente para expor completamente as costas; o pesado chicote ou correia frequentemente continha pedaços de osso ou metal, rasgando a carne trêmula até se tornar uma massa ensanguentada. A lei de Moisés determinava (Deuteronômio 25:3) que um açoitamento não deveria exceder quarenta golpes, e a prática judaica garantia isso parando em “quarenta menos um” (2Coríntios 11:24); mas os açoitadores romanos não tinham restrições além de sua força e disposição. Devemos sentir uma gratidão estremecedora por nossa incapacidade de conceber as consequências dessa cruel punição.
o entregou – a alguns de seus soldados (Mateus 27:27). [Broadus, 1886]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.