E um correu, encheu de vinagre uma esponja; e pondo-a em uma cana, dava-lhe de beber, dizendo: Deixai, vejamos se Elias virá tirá-lo.
Comentário do Púlpito
Há uma ligeira diferença aqui nas narrativas. Mateus (Mateus 27:49) diz:“E os demais disseram:Deixa; vejamos se Elias vem para salvá-lo”. Aqui em Marcos, as palavras são registradas como tendo sido ditas somente por aquele que ofereceu o vinagre a nosso Senhor. De acordo com São João (João 21:1-25:28), a oferta do vinagre seguiu imediatamente às palavras de nosso Senhor, “Tenho sede”. Essa bebida não era a poção estonteante dada aos criminosos antes de sua crucificação, para acalmar a sensação de dor, mas o vinho azedo, a bebida comum dos soldados, chamada posen. O junco era provavelmente o caule longo do hissopo. J. Forbes Royle, em um artigo elaborado sobre o assunto, citado no “Dicionário da Bíblia” de Smith, chega à conclusão de que o hissopo nada mais é do que a planta alcaparra, cujo nome árabe, asuf, tem forte semelhança para o hebraico. A planta é a Capparis spinosa de Linnaeus. A aparente diferença entre as narrativas de Mateus e Marcos pode ser reconciliada ao tecer na narrativa de São João com as dos sinoptistas – o “Let be” dos soldados, em um caso, com a intenção de impedir o indivíduo de oferecer o vinho ; e o “Deixe estar” do indivíduo, correspondendo ao nosso “Espere um momento”, enquanto ele respondia ao clamor de nosso Salvador:”Tenho sede”. [Pulpit, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.