Então Maria disse: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim conforme a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela.
Comentário de H. D. M. Spence
Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim conforme a tua palavra. “A mensagem de Deus”, escreve Godet, “pela boca do anjo não era uma ordem. A parte que Maria tinha de cumprir não exigia nada dela. Restava, portanto, a Maria consentir com as consequências da oferta divina. Ela dá este consentimento em uma palavra ao mesmo tempo simples e sublime, que envolvia o mais extraordinário ato de fé que uma mulher jamais consentiu em realizar. Maria aceita o sacrifício daquilo que era mais valioso para uma moça solteira do que sua própria vida, e assim se torna preeminentemente a heroína de Israel, a filha ideal de Sião”. Tampouco foi o problema imediato e a tristeza que ela previu que logo a envolveriam de forma alguma, todo o fardo que a submissão à mensagem do anjo traria sobre a jovem de Nazaré. O destino proposto a ela provavelmente traria em seu rastro sofrimentos desconhecidos, bem como bênçãos incalculáveis. Podemos, com toda a reverência, pensar que Maria já está sentindo as primeiras perfurações em seu coração daquela espada afiada que um dia feriria tão profundamente a mãe das dores; contudo, apesar de tudo isso, em plena vista do presente infortúnio, que a submissão à vontade divina traria imediatamente sobre ela, com um futuro desconhecido de tristeza ao fundo, Maria submeteu-se por sua própria vontade ao que ela sentia ser a vontade e o desejo de seu Deus. [Spence, 1897]
Comentário de Alfred Plummer 🔒
Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.