E Jesus respondeu: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei ainda convosco, e vos suportarei? Traze aqui teu filho.
Comentário do Púlpito
Esta expressão grave e triste do amoroso mas justo Mestre foi dirigida a toda a multidão, em cujo meio ele agora se encontrava. As pessoas, balançando para cá e para lá, agora entusiasmadas em seu favor, quando soma doce promessa, ou sentimento nobre, ou trabalho maravilhoso tocou seus corações, agora friamente indiferentes ou mesmo hostis, quando seu ensino parecia exigir algum sacrifício doloroso de si mesmo em as mãos deles. – estes estavam observando com quieta indiferença o fracasso de seus discípulos no caso da pobre criança possuída, e ouviam seus escribas enquanto eles discutiam com os desanimados e perplexos seguidores do Senhor. Esses seguidores, tentando imitar seu Mestre em suas maravilhas, mas falhando porque, afinal, sua fé nele vacilou. O bastante da criança, confessando sua incredulidade, mas totalmente miserável ao ver o sofrimento de seu filho. O espetáculo medonho do menino insano se contorcendo e espumando no chão, e então deitado todo machucado e desgrenhado, com a palidez da morte no rosto pobre e atormentado pela dor, e este dolorosamente aflito uma criança, um daqueles pequeninos que Jesus amou tão bem. Pobre sofredor de crianças, em cuja vida comparativamente inocente pesou tanto o pecado da mãe e do pai! Que contraste para o Senhor entre as horas celestiais que ele acabara de passar no monte e essa triste visão de dor e sofrimento, de ciúme e disputas, de dúvidas e indecisões, no meio das quais ele agora se encontrava! “) incrédulo e perverso”, clamou o misericordioso Senhor com uma explosão de intensa tristeza, “até quando estarei com você e sofrerei?” Uma palavra, ele sabia, e para ele tudo isso poderia ser trocado pelas cenas do céu, pela companhia de anjos e de espíritos abençoados, pelo velho lar de grandeza e paz; apenas foi para curar essa maldição amarga de que ele havia deixado seu lar celestial. Mas o contraste entre a glória do monte da Transfiguração e as memórias que evocavam, e o cenário atual de dor e angústia indizível, de paixões e fraquezas humanas, suscitou do Senhor esta expressão amarga e dolorosa. [Pulpit, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.