Houve pois uma discussão dos Discípulos de João com os judeus sobre a purificação.
Comentário de Brooke Westcott
(25–30) A semelhança externa entre o trabalho de Cristo e o de João Batista deu ocasião (25, 26) para o último testemunho de João a Cristo. Aos olhos de alguns, Cristo apareceu como seu rival. Para esses, o próprio Batista mostrou qual era o seu trabalho e então deixou seus ouvintes reconhecerem Cristo.
Houve pois. A partícula (οὖν) não é de tempo, mas de consequência: Então surgiu, portanto… como uma consequência desse trabalho duplo de batizar.
uma discussão dos Discípulos de João com… Em vez de “uma questão”, seria mais preciso traduzir como “uma discussão” (ζήτησις), um questionamento (uma disputa), partindo dos discípulos de João sobre… Para o termo “questionamento” (ζήτησις), veja Atos 15:2; 1Timóteo 6:4; 2Timóteo 2:23; Tito 3:9.
os judeus. De acordo com a leitura mais provável, um judeu, o que dá uma definição maior ao incidente, que de outra forma seria vaga.
sobre a purificação – ou seja, sobre o valor religioso do batismo, como o de João. Não podemos deixar de crer que Cristo, ao administrar um batismo por meio de Seus discípulos, explicou aos que se ofereciam o novo nascimento que o batismo de João e este batismo preparatório tipificavam. Ao mesmo tempo, Ele pode ter indicado, como fez com Nicodemos, o futuro estabelecimento do Batismo Cristão, o sacramento do novo nascimento. Assim, nada seria mais natural do que um judeu, um discípulo direto, ser levado a desprezar o trabalho de João, contrastando-o com aquilo de que Cristo falava; e que, então, os discípulos de João, zelosos pela honra de seu mestre, viessem a ele se queixando da posição que Cristo havia tomado. [Westcott, 1882]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.