Porque o Pai ama ao Filho, e todas as coisas que faz lhe mostra; e maiores obras que estas lhe mostrará, para que vós vos maravilheis.
Porque o Pai ama ao Filho. A palavra aqui para “amar” é aquela que particularmente indica afeição pessoal (phileo), distinguindo-se daquela na declaração semelhante de João Batista (agapao), que peculiarmente marca satisfação no caráter da pessoa amada (João 3:35).
e todas as coisas que faz lhe mostra. Como o amor nada esconde, assim decorre da perfeita comunhão e afeto mútuo do Pai e do Filho (ver em Jo 1:1; veja em Jo 1:18), cujos interesses são um, assim como Sua natureza, que o Pai comunique ao Filho todos os Seus conselhos, e o que assim foi mostrado ao Filho é por Ele executado em Seu caráter mediador. ‘Com o Pai, fazer é vontade; é o Filho quem age no tempo‘ (Alford). Três coisas aqui são claras: (1) as distinções pessoais na divindade. (2) Unidade de ação entre as Pessoas resulta da unidade da natureza. (3) Sua unicidade de interesse não é uma coisa inconsciente ou involuntária, mas uma coisa de consciência gloriosa, vontade e amor, da qual as próprias Pessoas são os Objetos apropriados.
para que vós vos maravilheis. Referindo-se ao que Ele mencionará (Jo 5:21-31), e que pode ser composto de duas grandes palavras: VIDA e JULGAMENTO, que Stier lindamente chama de ‘Privilégio de Deus’. No entanto, este privilégio, Cristo diz, Ele e o Pai têm e manifestam em comum. [JFU]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.