E passados vários dias, os judeus tiveram conselho entre si para o matarem.
Comentário de David Brown
Se não tivéssemos outro registro a não ser este, deveríamos supor que o que está aqui relacionado ocorreu enquanto Saul continuou em Damasco depois de seu batismo. Mas em Gálatas 1:17-18, aprendemos com o próprio Paulo que ele “foi para a Arábia e voltou novamente para Damasco” e que, desde a primeira visita até o final de sua segunda, ambos aparecem ter sido curto, um período de três anos se passou; ou três anos completos, ou um ano completo e parte de dois outros. (Veja em Gálatas 1:16-18). Que tal espaço em branco deve ocorrer nos Atos, e ser preenchido em Gálatas, não é mais notável do que a fuga da Sagrada Família para o Egito, sua permanência ali, e seu retorno daí, registrado somente por Mateus, deve ser tão inteiramente passado por Lucas, que se tivéssemos apenas o seu Evangelho, deveríamos supor que eles retornaram a Nazaré imediatamente após a apresentação no templo. (De fato, em uma de suas narrativas, Atos 22:16-17, o próprio Paulo não dá atenção a esse período). Mas por que essa jornada? Talvez (1) porque ele sentiu um período de repouso e reclusão parcial para ser necessário ao seu espírito, após a violência da mudança e a excitação de sua nova ocupação. (2) Para evitar que a tempestade que se levantava contra ele chegasse cedo demais à cabeça. (3) Exercer o seu ministério nas sinagogas judaicas, como oportunidade proporcionada. Em seu retorno, revigorado e fortalecido em espírito, ele imediatamente retomou seu ministério, mas logo para o risco iminente de sua vida. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.