Dizendo: Não temas, Paulo; é necessário que tu sejas apresentado a César; e eis que Deus tem te dado a vida a todos quantos navegam contigo.
Comentário de David Brown
Enquanto a tripulação labutava às bombas, Paulo lutava em oração, não só por si e pela causa em que ele estava sendo preso em Roma, mas com verdadeira magnanimidade de alma para todos os seus companheiros de navio; e Deus o ouviu, “dando-lhe” (expressão notável!) todos os que navegaram com ele. “Quando chegou o dia desanimado, ele reuniu os marujos (e passageiros) em volta dele no convés do vaso de trabalho e, levantando a voz acima da tempestade” (Howson), relatou a comunicação divina que recebera; acrescentando com uma nobre simplicidade, “pois creio que Deus será como me foi dito”, e encorajando todos a bordo a “tenham bom ânimo” na mesma confiança. Que contraste com isso é o discurso de César em circunstâncias semelhantes ao seu piloto, pedindo-lhe para manter o seu espírito, porque ele carregou a fortuna de César e César! [Plutarco] O general romano não conhecia melhor nome para a Divina Providência, pelo qual ele havia sido tão frequentemente preservado, do que a fortuna de César [Humphry]. Dos detalhes explícitos – que o navio seria perdido, mas não aquele que navegou nele, e que eles “devem ser lançados em uma certa ilha” – concluir-se-ia uma representação visional de um naufrágio total, uma massa de seres humanos lutando com os elementos irados, e um e todos aqueles cujas figuras e semblantes encontravam diariamente seus olhos no convés, de pé em alguma costa desconhecida da ilha. Pelo que se segue, parece que Paulo desta época foi considerado com uma deferência semelhante ao temor. [Jamieson; Fausset; Brown, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.