E todos comeram de um mesmo alimento espiritual;
Comentário de A. R. Fausset
mesmo alimento espiritual – Como os israelitas tinham a água da rocha, que correspondia ao batismo, eles também tinham o maná que correspondia ao outro dos dois sacramentos cristãos, a Ceia do Senhor. Paulo claramente insinua a importância que naqueles dias foi atribuída a esses dois sacramentos por todos os cristão: “uma objeção inspirada contra aqueles que diminuem sua dignidade, ou negam sua necessidade” (Alford). Ainda assim ele protege contra o outro extremo de pensar que a mera posse externa de tais privilégios assegurará a salvação. Além disso, se houvesse sete sacramentos, como Roma ensina, Paulo teria aludido a eles, enquanto ele se refere apenas aos dois. Ele não quer dizer “o mesmo” que os israelitas e nós cristãos temos o “mesmo” sacramento; mas que tanto os israelitas crentes como os incrédulos tinham o mesmo privilégio espiritual do maná (compare 1Coríntios 10:17). Era “carne espiritual” ou comida; porque dado pelo poder do espírito de Deus, não pelo trabalho humano (Grotius e Alford) Gálatas 4:29, “nascido segundo o Espírito”, isto é, sobrenaturalmente. Salmo 78:24, “trigo dos céus” (Salmo 105:40). Antes, “espiritual” em seu significado tipológico, Cristo, o verdadeiro Pão do Céu, sendo significado (Jo 6:32). Não que os israelitas entendessem claramente o significado; mas os crentes entre eles sentiam que no símbolo algo mais se destinava; e sua implícita e reverente, embora indistinta, fé foi contada a eles pela justificação, da qual o maná era uma espécie de selo sacramental. “Eles não devem ser ouvidos, fingindo que os antigos pais procuravam apenas promessas transitórias” (Artigo VII, Igreja da Inglaterra), como aparece nessa passagem (compare com Hebreus 4:2). [Jamieson; Fausset; Brown]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.