Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, e desce do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.
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Comentário A. R. Fausset
boa dádiva…dom – A primeira, o ato de dar ou o presente em sua fase inicial; o segundo, a coisa dada, o benefício, quando aperfeiçoada. Como a “boa dádiva” contrasta com o “pecado” em seu estágio iniciático (Tiago 1:15), assim o “dom perfeito” está em contraste com “o pecado quando está acabado”, trazendo a morte (2Pedro 1:3).
do alto – (compare com Tiago 3:15).
Pai das luzes – Criador das luzes do céu (compare Jó 38:28 (Alford); Gênesis 4:20-21; 12:9). Isto está de acordo com a referência às mudanças à luz dos corpos celestes aludidos no final do versículo. Também, Pai das luzes espirituais no reino da graça e da glória (Bengel). Estes foram tipificados pelas luzes sobrenaturais no peitoral do sumo sacerdote, o Urim. Como “Deus é luz e nele não há trevas alguma” (1João 1:5), Ele não pode de forma alguma ser o Autor do pecado (Tiago 1:13), que é escuridão (Jo 3:19).
em quem não há mudança nem sombra de variação – (Malaquias 3:6). Nenhuma das alternâncias de luz e sombra que as “luzes” físicas sofrem, e às quais até mesmo as luzes espirituais estão sujeitas, em comparação com Deus. “Sombra de variação”, literalmente, a escura “marca da sombra” projetada de um dos corpos celestes, surgindo de sua “virada” ou revolução, por exemplo, quando a lua é eclipsada pela sombra da terra, e o sol pelo corpo da lua. Bengel faz um clímax, “sem variação – nem mesmo a sombra de um giro”; o primeiro denotando uma mudança no entendimento; o último, na vontade. [Jamieson; Fausset; Brown]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.