E foi visto outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre suas cabeças sete coroas.
De acordo com o teólogo G.K. Beale, “dragão” no Antigo Testamento é outro nome para o monstro marinho que simboliza os reinos malignos que oprimem Israel (Salmo 89:10; Isaías 51:9). Assim, concordo com ele que esta criatura deve ser identificada com a Roma do primeiro século, que estava oprimindo o povo de Deus, porém, a força por trás dela e de todos os reinos que perseguem o povo de Deus é o diabo.
Os chifres, as cabeças e a cor vermelha também são símbolos, geralmente interpretados (ex. Beale, Bíblia de Genebra) como a força e agressividade desse poder.
Comentário A. R. Fausset
vermelho. Assim está no manuscrito A e na Vulgata. Mas os textos B, C e copta trazem “de fogo”. Em ambos os casos, a cor do dragão indica sua fúria ardente como assassino desde o início. Seu representante, a besta, corresponde, tendo sete cabeças e dez chifres (o número de chifres na quarta besta de Daniel 7:7; Apocalipse 13:1). Mas lá, dez coroas estão nos dez chifres (pois antes do fim, o quarto império é dividido em dez reinos); aqui, sete coroas (em vez disso, “diademas”, grego, “diademata”, não stephanoi, “grinaldas”) estão sobre suas sete cabeças. Em Daniel 7:4-7, os poderes do Anticristo até a segunda vinda de Cristo são representados por quatro bestas, que têm entre elas sete cabeças, isto é, a primeira, a segunda e a quarta bestas têm uma cabeça cada, a terceira, quatro cabeças. Seu domínio universal como príncipe deste mundo caído está implícito nos sete diademas (contraste os “muitos diademas na cabeça de Cristo”, Apocalipse 19:12, ao vir para destruí-lo e aos seus), a caricatura dos sete Espíritos de Deus. Seus instrumentos mundanos de poder são marcados pelos dez chifres, sendo dez o número do mundo. Isso marca suas autocontradições de que ele e a besta carregam tanto o número sete (o número divino) quanto o dez (o número do mundo). [Fausset, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.