E voz de harpistas, e de músicos, e de flautistas, e de tocadores de trombeta, não mais se ouvirá em ti; e nenhum artesão de toda arte não mais se achará em ti; e ruído de moinho não mais se ouvirá em ti.
Comentário de Albert Barnes
E voz de harpistas. Aqueles que tocam harpa. Isso geralmente era acompanhado de canto. A ideia, neste versículo e no seguinte, é substancialmente a mesma das partes anteriores do capítulo, de que a mística Babilônia – Roma papal – seria levada à desolação total. Esse pensamento é aqui exibido sob outra forma – que tudo o que constituía festividade, alegria e diversão, e tudo o que indicava economia e prosperidade, desapareceria. Claro que numa cidade grande e “divertida”, haveria todo tipo de música; e quando se diz que isso não seria mais ouvido, é uma imagem impressionante de total desolação.
e de músicos. Músicos em geral; mas talvez aqui cantores, distintos daqueles que tocavam instrumentos.
e de tocadores de trombeta. As trombetas eram instrumentos comuns de música, empregados em ocasiões festivas, na guerra e no culto. Apenas os principais instrumentos de música são mencionados aqui, como representantes do resto. A ideia geral é que o som da música, como indicação de festa e alegria, cessaria.
não mais se ouvirá em ti. Ela se tornaria total e permanentemente desolada.
e nenhum artesão de toda arte não mais se achará em ti. Ou seja, artífices de todos os tipos deixariam de exercer seus ofícios lá. A palavra usada aqui – τεχνίτης technitēs – incluiria todos os artesãos ou mecânicos, todos os que estivessem envolvidos em qualquer tipo de comércio ou ofício. O significado aqui é que tudo isso desapareceria, uma imagem, é claro, de total decadência.
e ruído de moinho não mais se ouvirá em ti. Taylor (Frag. to Calmet, Dicionário vol. iv. p. 346) supõe que isso pode se referir não tanto ao chocalho do moinho quanto à voz do canto, que geralmente acompanhava a moagem. O som de um moinho é alegre e indica prosperidade; sua cessação é uma imagem de declínio. [Barnes, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.