Unção

A prática da unção com óleo perfumado era comum entre os hebreus e associada as seguintes situações:

1. O ato da unção era significativo de consagração a um uso santo ou sagrado; por isso a unção do sumo sacerdote (Ex 29:29; Levítico 4:3) e dos vasos sagrados (Êxodo 30:26). O sumo sacerdote e o rei são assim chamados “os ungidos” (Levítico 4:3,5,16; 6:20; Salmo 132:10). Ungir um rei era equivalente a coroá-lo (1Samuel 16:13; 2Samuel 2:4, etc.). Profetas também foram ungidos (1Reis 19:16; 1Crônicas 16:22; Salmo 105:15).

A unção de Davi por Samuel, François-Léon Benouville (1842).

2. A unção também foi um ato de hospitalidade (Lucas 7:38,46). Era costume dos judeus, da mesma forma, ungir-se com óleo, como um meio de refrescar ou revigorar seus corpos (Deuteronômio 28:40; Rute 3:3; 2Samuel 14:2; Salmo 104:15, etc).

3. O óleo era usado também para fins medicinais. Era aplicado nos enfermos e também às feridas (Salmo 109:18; Isaías 1:6; Marcos 6:13; Tiago 5:14).

4. Os corpos dos mortos as vezes eram ungidos (Marcos 14:8; Lucas 23:56).

5. O Libertador Prometido é duas vezes chamado de o “Ungido” ou Messias (Salmo 2:2; Daniel 9:25-26), porque ele foi ungido com o Espírito Santo (Isaías 61:1), figurativamente chamado “óleo de alegria” (Salmo 45:7; Hebreus 1:9). Jesus de Nazaré é este ungido (Jo 1:41; Atos 9:22; 17:2-3; 18:5,28), o Messias do Antigo Testamento.

Significado de “ungi o escudo”

A expressão “ungi o escudo” (Isaías 21:5), refere-se ao costume de esfregar óleo no couro do escudo, de modo a torná-lo flexível e apto para uso na guerra.

Adaptado de: Illustrated Bible Dictionary.