Na Escritura há quatro palavras traduzidas como Inferno:
Seol
1. Seol, ocorrendo no Antigo Testamento sessenta e cinco vezes. Essa palavra sheol é derivada de uma palavra-raiz que significa “perguntar”, “exigir”; daí insacia (Provérbios 30:15-16). É tornado “grave” trinta e uma vezes (Gênesis 37:35; 42:38; 44:29,31; 1Samuel 2:6, etc.). Os revisores mantiveram essa interpretação nos livros históricos com a palavra original na margem, enquanto nos livros poéticos inverteram essa regra.
Em trinta e um casos na Versão Autorizada, esta palavra é traduzida como “inferno”, o lugar dos espíritos desencarnados. Os habitantes do sheol são “a congregação dos mortos” (Provérbios 21:16). É (a) a morada dos ímpios (Números 16:33; Jó 24:19; Salmo 9:17; 31:17 etc.); (b) do bem (Salmo 16:10; 30:3; 49:15; 86:13, etc.).
O seol é descrito como profundo (Jó 11:8), escuro (Jó 10:21-22), com barras (Jó 17:16). Os mortos “desce” para ele (Números 16:3033; Ezequiel 31:15-17).
Hades
A palavra grega hades do Novo Testamento tem o mesmo escopo de significação que o sheol do Antigo Testamento. É uma prisão (1Pedro 3:19), com portões, barras e trancas (Mateus 16:18; Apocalipse 1:18), e é para baixo (Mateus 11:23; Lucas 10:15).
Os justos e os maus são separados. Os mortos abençoados estão naquela parte do hades chamado paraíso (Lucas 23:43). Dizem também que eles estão no seio de Abraão (Lucas 16:22).
Gehena
Gehena, na maioria de suas ocorrências no Novo Testamento grego, designa o lugar dos perdidos (Mateus 23:33). A natureza temerosa de sua condição é descrita em várias expressões figurativas (Mateus 8:12; 13:42; 22:13; 25:30; Lucas 16:24, etc.). [Adaptado de Easton, 1897]
Tártaro
Em outra passagem do Novo Testamento (2Pedro 2:4), “lançando-os para o inferno” (NAA) é usado como tradução do grego tartaroo (“enviar para o Tártaro”). Aqui representa o lugar de punição dos anjos caídos: “Pois Deus não poupou anjos quando pecaram, mas, lançando-os no inferno, prendeu-os com correntes de escuridão, reservando-os para o juízo” (compare com Judas 1:6; mas também Mateus 25:41). Ideias semelhantes são encontradas em certos dos livros apocalípticos judaicos (Livro de Enoque, Livro dos Jubileus, Apócrifo de Baruque, com aparente referência a Gênesis 6:1-4). [ISBE]