O panteísmo é uma espécie filosófica da idolatria, levando ao ateísmo, em que o universo é considerado como o Deus Supremo. O criador deste sistema incompatível com as Escrituras, talvez não seja conhecido, mas foi de origem primitiva e modificado de maneira diferente por diferentes filósofos. Alguns consideravam o Universo como um imenso animal, do qual a alma incorpórea era propriamente seu deus, e os céus e a terra o corpo desse deus; enquanto outros apenas uma substância, parcialmente ativa e parcialmente passiva, e portanto consideravam o universo visível como o único Numina. O mais antigo panteísta grego de quem lemos foi Orfeu, que chamou o mundo de corpo de Deus, e suas várias partes são seus membros, fazendo de todo o universo um animal divino. De acordo com Cudworth, Orfeu e seus seguidores acreditavam na alma imaterial do mundo: ali concordando com Aristóteles, que certamente sustentava que Deus e a matéria são co-eternos; e que existe alguma união entre eles, como subsiste entre as almas e os corpos dos homens.
Uma instituição, absorvendo sentimentos quase desse tipo, foi estabelecida no século XVII, no reino da Grã-Bretanha, por uma sociedade de idólatras filosóficos, que se chamavam panteístas, porque professavam a adoração de Toda a Natureza como sua divindade. Eles tinham o Sr. John Toland como secretário e capelão. Sua liturgia era em latim da qual são extraídos os seguintes sentimentos: “O fogo etéreo envolve todas as coisas e, portanto, é supremo. O éter é um fogo revitalizante: domina todas as coisas, dispõe todas as coisas. É alma, mente, prudência. Esse fogo é a partícula da respiração divina de Horácio e o espírito interior alimentador de Virgílio. Todas as coisas estão compreendidas em uma natureza inteligente”. Essa força eles chamam a alma do mundo; como também, uma mente de perfeita sabedoria e, conseqüentemente, Deus. Lucilio Vanini, o filósofo italiano, era quase desta opinião: seu deus era a natureza.
Adaptado de: A Biblical and Theological Dictionary (Pantheism).