Manassés foi o único filho e sucessor de Ezequias no trono de Judá. Ele começou a reinar aos doze anos de idade (2Reis 21:1) e governou por cinquenta e cinco anos (698-643 a.C.). Apesar de seu longo reinado, sabe-se relativamente pouco sobre ele. Manassés seguiu os passos de Acaz, tanto na religião quanto na política, caindo rapidamente sob a influência de conselheiros pagãos na corte. Seu reinado foi marcado por uma triste recaída na idolatria, trazendo de volta todos os vícios que Ezequias havia combatido, evidenciando que a reforma religiosa promovida por seu pai foi, em grande parte, superficial (Isaías 7:10; 2Reis 21:10-15).
Manassés fez uma tentativa sistemática e persistente de eliminar a adoração ao Senhor, com muito sucesso. No entanto, durante essa época de idolatria, profetas fiéis como Isaías e Miqueias levantaram suas vozes em repreensão e advertência. Isso, porém, resultou em um período de cruel perseguição contra todos os defensores da antiga fé.
Durante seu reinado, Esar-Hadom, sucessor de Senaqueribe no trono assírio, capturou Manassés e o levou como prisioneiro para Babilônia em 681 a.C. (2Crônicas 33:11). Normalmente, reis cativos eram tratados com grande crueldade. A gravidade de sua prisão levou Manassés ao arrependimento. Deus ouviu seu clamor, e ele foi restaurado ao trono (2Crônicas 33:11-13). Após seu retorno, Manassés abandonou a idolatria e ordenou que o povo adorasse a Yahweh, mas a reforma teve efeitos apenas superficiais.
Manassés reinou por cinquenta e cinco anos, o mais longo reinado na história de Judá. Ele morreu e foi sepultado no jardim de Uza, o “jardim de sua própria casa” (2Reis 21:17-18; 2Crônicas 33:20), em vez de ser enterrado na cidade de Davi entre seus antepassados. Seu filho Amom o sucedeu no trono. [Adaptado de Easton, 1896]