Dízimo

Dízimo é a décima da produção da terra consagrada e separada para fins especiais. A dedicação de um décimo a Deus foi reconhecida como um dever antes do tempo de Moisés. Abraão pagou dízimos a Melquisedeque (Gênesis 14:20; Hebreus 7:6); e Jacó jurou ao Senhor: “De tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”.

A primeira lei mosaica sobre esse assunto está registrada em Levítico 27:30-32. A legislação subsequente regulamentou o destino dos dízimos (Números 18:21-24,26-28; Deuteronômio 12:5-6,11,17; 14:22-23). O pagamento dos dízimos era uma parte importante do culto religioso judaico. Nos dias de Ezequias, um dos primeiros resultados da reforma da religião foi a ansiedade com que o povo trazia seus dízimos (2Crônicas 31:5-6). A negligência deste dever foi severamente repreendida pelos profetas (Amós 4:4; Malaquias 3:3-10).

Cada judeu era obrigado pela lei levítica a pagar três dízimos de sua propriedade (1) um dízimo para os levitas; (2) um para o uso do templo e as grandes festas; e (3) um para os pobres.

O dízimo é válido para os dias de hoje?

Não se pode afirmar que a lei dos dízimos do Antigo Testamento é obrigatória para a Igreja Cristã, no entanto, o princípio desta lei permanece, e é incorporado no evangelho (1Coríntios 9:13-14); e se, como é o caso, o motivo que deve levar à liberalidade na causa da religião e do serviço de Deus for maior agora do que nos tempos do Antigo Testamento, então os cristãos devem ir além do antigo hebreu na consagração de si mesmos e da sua renda à Deus. [Adaptado de Easton, 1897]