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5.1 Os manuscritos bíblicos
Assista a aula sobre manuscritologia (65 minutos) do professor de Novo Testamento presbiteriano Daniel Piva e entenda como Deus preservou sua Palavra através dos tempos, apesar das limitações humanas.
Recapitulando:
- Autógrafos é o nome dado aos documentos originais produzidos pelos autores bíblicos. Todos esses documentos originais se perderam, o que temos hoje são as cópias destes manuscritos, milhares de cópias.
- Manuscritologia “é a ciência que estuda tudo o que envolve os manuscritos bíblicos (ou seja as cópias); seja sua inscrição, sua origem, autoria, local e data, bem como todo o processo de conservação deste” (Piva).
- “O principal objetivo da manuscritologia bíblica é trazer evidências para que se possa conhecer mais sobre o processo de formação do cânon, e podermos saber, qual é o texto final e confiável” (Piva).
- Somente os documentos originais (autógrafos) não tinham erro, já as cópias, conforme foram produzidas ao longo dos séculos, não tiveram a mesma sorte.
- É importante destacar que já foram catalogados mais 6000 manuscritos bíblicos (é muita coisa, a Bíblia é o livro com a maior quantidade de manuscritos que existe!), e assim é compreensível que exista um grande número de variações entre eles.
- O estudioso Rob Plummer organiza esses erros presentes nas cópias em duas categorias: erros não intencionais e erros intencionais. Segundo ele, 95% das dessas variações textuais são não intencionais e apenas 5% são intencionais.
- Mesmo que exista uma grande quantidade de variações, através da comparação entre os manuscritos é possível chegar a uma precisão inigualável. O teólogo D.A. Carson afirma que todos os estudiosos concordam que 96% do nosso Novo Testamento está alinhado aos originais. Quanto aos 4% restantes, que ainda são debatidos, “tem pouca ou nenhuma importância doutrinária”.
- Concluindo, “sim, de fato, os manuscritos (cópias) contém erros, mas todos estes podem ser percebidos e revistos para que se tenha acesso ao que é o texto tal qual Deus quis que fosse. Tenha certeza, por todas as razões, que o texto que você tem em mãos, é a Revelação de Deus para sua vida, portanto, use-a com todo respeito e gratidão, para a Glória dEle” (Piva).
No vídeo anterior, o professor Daniel Piva fez uma breve menção aos manuscritos dos Mar Morto, eles são a mais importante descoberta arqueológica dos últimos anos. Confira no vídeo abaixo uma exposição mais detalhada sobre este assunto (58 minutos) do pastor batista Luiz Sayão (linguista, teólogo e hebraísta).
5.2 A crítica textual
Como foi mencionado anteriormente, os documentos originalmente escritos pelos autores inspirados se perderam, logo, o que temos hoje são cópias destes materiais. Estas cópias, quando comparadas entre si, revelam diversas variações. Assim, para garantir que os textos bíblicos que temos hoje em mãos seja o mais fiel possível aos originais, os estudiosos utilizam um método chamado crítica textual. Este é um trabalho que requer muito conhecimento em arqueologia, história, linguística e idiomas antigos. Nesta breve explicação (15 minutos) do teólogo Paulo Won você entenderá um pouco ela é feita.
Veja que interessante, quando os estudiosos não entram em um acordo sobre qual variante está mais próxima do original, é adicionada uma nota de rodapé na Bíblia informando sobre a diferença.
5.3 Uma palavra final!
Manuscritologia e crítica textual são assuntos de bastante complexidade, e a não ser que você seja pregador ou mestre da Palavra, você nunca precisará se dedicar a eles. Mas, eu fiz questão de incluí-los nesta aula para que você tenha confiança que, apesar das limitações com que foram produzidas as cópias dos manuscritos, os textos foram muito bem conservados e que existem homens e mulheres usados por Deus para garantir que tenhamos acesso à Sua Palavra de forma precisa. Glória a Deus por isso!
Aula concluída!
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