E viu ali Judá a filha de um homem cananeu, o qual se chamava Sua; e tomou-a, e se deitou com ela:
Comentário de Robert Jamieson
E viu ali Judá a filha de um homem cananeu. Como Esaú, este filho de Jacó, abandonando as restrições da religião, casou-se com uma cananéia; e não é de surpreender que a família que surgiu de uma união tão inadequada seja conhecida por sua maldade audaciosa e descarada.
A data do casamento de Judá tem sido objeto de muita discussão. Agostinho, e muitos escritores desde então, têm mantido que ocorreu antes do cativeiro de José. Mas isso não poderia ser; porque, como José tinha seis anos de idade no retorno do pai de Mesopotâmia (veja a nota em Gênesis 33:14), e dezessete quando foi vendido como escravo, Judá, que era apenas dois ou, no máximo, três anos mais velho, não poderia ter tido tal situação familiar, e retornado de Adulão, para se juntar a seus irmãos em Siquém, no breve espaço de onze anos. Mas assumindo que seu estabelecimento em Adulão e o subsequente casamento tenham ocorrido logo após a venda de José, seu filho mais velho poderia ter nascido dois anos depois, seu segundo no ano posterior, de modo que, como o costume no Oriente é que os jovens se casem em uma idade precoce, ou seja, de 15 a 17 anos de idade, haveria tempo para todos os incidentes registrados neste capítulo ocorrerem antes da emigração para o Egito, que foi 23 anos após o rapto de José. [JFU, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.