E que do rio subiam sete vacas, belas à vista, e muito gordas, e pastavam entre os juncos:
Comentário do Púlpito
E que do rio subiam sete vacas, belas à vista, e muito gordas. De acordo com Plutarco e Clemente de Alexandria, a vaca era considerada pelos antigos egípcios como um símbolo da terra, da agricultura e do sustento dela derivado. Portanto, era natural que a sucessão de sete anos prósperos fosse representada por sete vacas saudáveis. O fato de elas terem surgido do rio é explicado pelo fato de que o Nilo, por meio de suas inundações anuais, é a causa da fertilidade do Egito (compare com Havernick, ‘Introd,’ 21). Um hino ao Nilo, composto por Euna (segundo a maioria dos egiptólogos, contemporâneo de Moisés) e traduzido de um papiro no Museu Britânico pelo Cânone Cook (que atribui a ele uma data anterior à dinastia XIX), descreve o Nilo como “inundando os jardins criados por Rá, dando vida a todos os animais… regando a terra incessantemente… Amante da comida, doador de cereais… Portador de alimentos! Grande Senhor das provisões! (vide ‘Records of the Past,’ vol. 4. pp. 107, 108);
e pastavam entre os juncos – בָּאָחוּ, ἐν τῷ Ἄχει, (Septuaginta), literalmente, no Nilo ou no capim de junco. A palavra “Ge” parece ser um termo egípcio que descreve qualquer vegetação crescendo em um rio. Ela ocorre apenas aqui, em Gênesis 41:18 e em Jó 8:11. [Pulpit]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.