E falou o SENHOR a Moisés e a Arão, dizendo-lhes:
Comentário de Robert Jamieson
Essas leis, sendo dirigidas aos governantes civis e eclesiásticos em Israel, podem servir para indicar a dupla visão que deve ser tomada deles. Sem dúvida, a primeira e mais forte razão para instituir uma distinção entre as carnes foi desencorajar os israelitas de se espalharem para outros países e do contato geral com o mundo – para evitar que adquirissem familiaridade com os habitantes dos países limítrofes de Caanan, de modo a cair em suas idolatrias, ou ser contaminado com seus vícios; em suma, para mantê-los um povo distinto e especial, erguendo uma ampla e intransponível muralha de costumes opostos.
Para esse propósito, nenhuma diferença de credo, nenhum sistema de governo, nenhuma diversidade de linguagem ou maneiras era tão subserviente quanto uma distinção de carnes, baseada na religião; e, portanto, os judeus, que foram ensinados pela educação a abominar muitos artigos alimentares livremente compartilhados por outras pessoas, nunca, mesmo em períodos de grande degeneração, puderam amalgamar-se com as nações entre as quais estavam dispersos.
Mas, embora esse fosse o principal fundamento dessas leis, as razões dietéticas também pesavam; porque não há dúvida de que a carne de muitos dos animais aqui classificados como impuros está em toda parte, mas especialmente em climas quentes, menos saudável e adaptada para alimentação do que aqueles que podem ser comidos – apta a estimular paixões grosseiras e sensuais, e para promover gostos grosseiros, bem como hábitos degradantes. Essas leis, portanto, sendo subservientes aos fins sanitários e também religiosos, foram dirigidas a Moisés e Aarão. [JFU, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.