E aos filhos de Israel falarás, dizendo: Quando alguém morrer sem filhos, passareis sua herança à sua filha:
Comentário de Rayner Winterbotham
Quando alguém morrer sem filhos. Neste caso particular foi fundada uma regra geral de incidência muito mais ampla. A lei de sucessão mosaica seguiu as mesmas linhas que a lei feudal da Europa, igualmente desautorizando a disposição por vontade e desencorajando, se não desautorizando, a alienação por doação. Sobre a terra deveria repousar todo o tecido social de Israel, e tudo o que era valorizado e permanente na vida familiar e no sentimento deveria estar ligado, por assim dizer, à herança da terra. Portanto, a terra era em todos os casos de tal forma que o nome e a fama, o privilégio e o dever do proprietário falecido pudessem ser perpetuados na medida do possível.
passareis sua herança à sua filha. Não para sua manutenção, mas para que seu marido pudesse representar seu pai. Na maioria dos casos, ele tomaria o nome dela e seria contado como um membro da família de seu pai. Sem dúvida, isso já havia se tornado costumeiro entre os judeus, como entre quase todas as nações. Compare os casos de Sheshan e Jarha (1 Crônicas 2:34, 35), de Jair (Números 32:41) e, posteriormente, dos “filhos de Barzilai” levíticos (Esdras 2:61). A questão, porém, só se tornaria de importância pública no momento em que Israel se tornasse uma nação de proprietários de terras. [Winterbotham, aguardando revisão]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.