A ablução ou lavagem foi praticada em quatro situações segundo a Bíblia:
1. Quando uma pessoa era introduzida em um estado superior: por exemplo, quando Arão e seus filhos foram separados para o ministério sacerdotal, eles foram lavados com água antes de colocarem as vestes sacerdotais (Levítico 8:6).
2. Antes de os sacerdotes se aproximarem do altar de Deus, eles foram obrigados, sob pena de morte, a lavarem as mãos e os pés para purificá-los da impureza da vida comum (Êxodo 30:17-21). Esta prática, o salmista alude no Salmo 26:6.
3. Haviam lavagens prescritas com o propósito de purificar de contaminações obtidas por atos particulares. De tais lavagens, onze tipos diferentes são prescritos na lei levítica (Levítico 12-15).
4. Uma quarta classe de abluções é mencionada, pela qual uma pessoa se purifica ou se absolve da culpa de algum ato particular. Por exemplo, os anciãos de um povoado mais próximo onde alguns homicídios foram cometidos, quando o assassino era desconhecido, era necessário lavar as mãos sobre a novilha expiatória que foi decapitada, e ao fazê-lo, dizer: “Nossas mãos não derramaram esse sangue nem os nossos olhos o vêem” (Deuteronômio 21:1-9). Assim também Pilatos se declarou inocente do sangue de Jesus lavando as mãos (Mateus 27:24). Este ato de Pilatos não pode, no entanto, ter sido associado ao costume dos judeus. A mesma prática era comum entre os gregos e romanos.
Oséias fariseus levaram a prática da ablução a um excesso, reivindicando assim uma pureza extraordinária (Mateus 23:25). Marcos (7:1-5) refere-se às abluções cerimoniais.
Adaptado de: Illustrated Bible Dictionary