Agar era uma egípcia, serva de Sara (Gênesis 16:1; 21:9-10), a quem ela deu a Abraão como segunda esposa (Gênesis 16:2). Quando Agar estava prestes a se tornar mãe, fugiu da crueldade de sua patroa, pretendendo aparentemente retornar a seus parentes no Egito, através do deserto de Sur, que ficava entre eles. Cansada e desgastada, ela chegou ao lugar posteriormente conhecido como Beer-Laai-Roi (“o poço do Deus visível”), onde o anjo do Senhor lhe apareceu. Em obediência ao visitante celestial, ela retornou ao acampamento de Abraão, onde seu filho Ismael nasceu, e onde ela permaneceu (Gênesis 16) até depois do nascimento de Isaque, cerca de quatorze anos. Sara, depois disso começou a desabafar sua insatisfação tanto com Agar quanto com seu filho. A conduta de Ismael foi insultante a Sara e ela insistiu que ele e sua mãe fossem mandados embora. Assim foi feito, ainda que com relutância por parte de Abraão (Gênesis 21:14). Eles vagaram para o deserto, onde Ismael, exausto com sua jornada e desmaiou de sede, viu-se prestes a morrer. Agar “levantou a sua voz e chorou”, e o anjo do Senhor, como antes, lhe apareceu, e ela foi consolada e livre das suas angústias (Gênesis 21:18-19).
Posteriormente, Ismael estabeleceu-se no deserto de Parã, onde se casou com uma egípcia (Gênesis 21:20-21).
Agar em Gálatas 4:24
“Agar” representa alegoricamente a igreja judaica (Gálatas 4:24), cativa à lei cerimonial; enquanto “Sara” representa a igreja cristã, que é livre.
Significado do nome
No original hebraico Hagar (הגר), Agar provavelmente significa “fuga”.
Adaptado de: Illustrated Bible Dictionary (Hagar).