Eis que vêm dias,diz o Senhor DEUS, nos quais enviarei fome à terra; fome não de pão, nem sede de água, mas sim de ouvir as palavras do SENHOR.
Comentário de A. R. Fausset
enviarei fome à terra; fome não de pão, nem sede de água, mas sim de ouvir as palavras do SENHOR — uma retribuição justa àqueles que agora se recusam a ouvir os profetas do Senhor, e até tentam afastá-los, como Amazias fez (Amós 7:12). Eles buscarão em vão, em sua angústia, por orientação divina, como a que os profetas agora oferecem (Ezequiel 7:26; Miqueias 3:7). Compare com a rejeição do Messias pelos judeus, e a consequente rejeição deles por Ele (Mateus 21:43); e o desejo tardio pelo Messias (Lucas 17:22, “Dias virão em que desejareis ver um dos dias do Filho do homem, e não o vereis; João 7:34, “Buscar-me-eis, e não me achareis; e onde eu estiver, vós não podeis ir”; João 8:21). Assim como o filho pródigo, que, após vagar por algum tempo na “terra distante”, começou a passar necessidade na “grande fome” que surgiu naquela terra (Lucas 15:14; cf. 1Samuel 3:1, “Naqueles dias, a palavra do Senhor era rara; não havia visões frequentes” (no período antes de Samuel surgir); 1Samuel 7:2). É notável que a religião judaica seja quase a única que poderia ser abolida contra a vontade do próprio povo, devido ao fato de estar dependente de um lugar específico — ou seja, o templo. Quando o templo foi destruído, o ritual mosaico, que não poderia existir sem ele, cessou necessariamente. A Providência assim o planejou, para que, à medida que a Lei deu lugar ao Evangelho, todos percebessem isso, apesar da obstinada rejeição dos judeus ao Evangelho. [Fausset, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.