Apocalipse 19:3

E disseram pela segunda vez: Aleluia! E a fumaça dela sobe para todo o sempre.

Comentário de E. W. Hengstenberg

Isto é repetido, que foi projetado para ser enfático e forte; comp. Salmo 62:11, “Deus disse uma palavra, e há duas que eu ouvi”, Jó 33:14, “Uma vez Deus fala, e duas vezes, embora não se pense nisso”. Aqui a repetição aponta para a grandeza do fato, que não é atendido apenas com um resultado momentâneo; de modo que vai de mãos dadas com a adição, “sua fumaça sobe para sempre e sempre”. Similar é Êxodo 15:21, onde, após o derrube do Faraó com seu anfitrião, o tipo mais antigo do derrube de Roma, Miriam profere uma segunda vez com o coro das mulheres, o que Moisés havia dito da primeira vez com os homens, “Cantai ao Senhor, pelo mar”; e assim o fato se torna carimbado, por assim dizer, com o selo de conclusão.

O e se une a isso, que no Apocalipse 19:1-2 segue depois do Aleluia, e que se repete aqui em pensamento, embora não em palavras. Não devemos supor, que as vozes celestes só pronunciam o Aleluia pela segunda vez; e que as palavras, “e sua fumaça”, etc., são acrescentadas pelo profeta. Pois ele descreve apenas o que ouve e vê, e se impede de introduzir tal mistura; o que seria o mais inadequado aqui, pois o canto celestial de louvor só é concluído no Apocalipse 19:4.

Em Isaias 34:9-10, é dito de Edom, o tipo do mundo ímpio pagão: “Sua terra será breu ardente, dia e noite não se extinguirá, sua fumaça subirá para sempre e eternamente”. Esta passagem fundamental diz, que aqui Apocalipse 18:9; Apocalipse 18:18 deve ser comparado, e não Apocalipse 14:11, onde o fogo eterno é usado como uma imagem dos tormentos do inferno. [Hengstenberg, aguardando revisão]

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Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.