E quanto a que o ressuscitasse dos mortos, para nunca mais voltar à degradação, assim disse: Eu vos darei as fiéis beneficências de Davi.
Comentário de David Brown
E quanto a que o ressuscitasse dos mortos, para nunca mais voltar à degradação — compare Romanos 6:9: “Cristo, tendo ressuscitado dos mortos, não morre mais; a morte já não tem domínio sobre Ele.” Cristo foi ao lugar, mas não ao estado de corrupção (Atos 13:37).
assim disse — conforme em Isaías 55:3: Eu vos darei as fiéis beneficências de Davi (ta hosia Dauid, “as misericórdias seguras de Davi”). Literalmente, são “as santidades seguras de Davi.” Contudo, essa palavra é, às vezes, usada com o sentido de “misericórdias” no Antigo Testamento. Aqui, são referidas as riquezas do pacto eterno — sua variada “graça” ou “misericórdia” — e elas são caracterizadas na profecia, primeiro, como “santidades”, para indicar que transcendem o âmbito das coisas visíveis e temporais e santificam a todos que as recebem; mas são ainda descritas como “seguras” para denotar a certeza de que seriam, finalmente, realizadas através da Semente de Davi (ver mais sobre isso em João 1:14). Mas como essas palavras provam a ressurreição de Cristo? Elas a pressupõem, como diz Olshausen, pois, sendo prometido um reino eterno a Davi, o Governante desse reino não poderia permanecer sob o poder da morte. Para reforçar essa predição, ainda que de modo mais específico, o apóstolo menciona o Salmo 16:10, ao qual Pedro já havia dado a mesma interpretação (veja as notas em Atos 2:27; Atos 2:30-31); ambos os apóstolos negam a possibilidade de que essa profecia se refira a Davi em seu sentido pleno. [Jamieson; Fausset; Brown, 1866]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.