E Saulo também consentia na morte dele. E naquele dia foi feita uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas regiões da Judeia, e de Samaria, exceto os apóstolos.
Comentário Ellicott
exceto os apóstolos. A sequência da história sugere duas razões para a permanência deles. (1) Os Doze tinham aprendido a lição que seu Mestre lhes ensinou, “o contratado foge, porque é contratado” (Jo 10:13), e não abandonariam seu posto. Uma tradição é registrada por Clemente de Alexandria (150-215 d.C) e Eusébio (263-339 d.C), de que o Senhor ordenou que os apóstolos permanecessem doze anos em Jerusalém, para que ninguém dissesse “não ouvimos”, e que depois desse período saíssem ao mundo. (2) A perseguição que começara parece ter sido dirigida especialmente contra aqueles que ensinavam com Estevão, que os “costumes”, sobre os quais os fariseus tanto insistiam, deveriam passar. Os apóstolos ainda não haviam proclamado essa verdade; talvez ainda não tivessem sido conduzidos a ela. Eles eram fiéis como adoradores no Templo, mantinham-se longe de tudo o que era comum e impuro (Atos 10:14), afastados da comunhão com os gentios (Atos 10:28). Eles podem muito bem ter sido protegidos pelo favor e reverência com que a grande parte do povo ainda os olhava e, portanto, foram menos expostos do que os Sete à violência da perseguição. Era provável, dada a natureza do caso, que os discípulos helenísticos, representados por Estevão, sofressem mais do que outros. Foi a partir deles que veio o próximo grande passo na expansão da Igreja no devido tempo. [Ellicott, 1905]
<Todas as Escrituras em português citadas são da Bíblia Livre (BLIVRE), Copyright © Diego Santos, Mario Sérgio, e Marco Teles, com adaptação de Luan Lessa – janeiro de 2021.